Em uma decisão que reforça os esforços globais contra o desmatamento, a Noruega anunciou uma contribuição adicional de 50 milhões de dólares ao Fundo Amazônia, marcando a primeira nova doação desde que o apoio foi suspenso em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. O anúncio foi feito durante a cúpula do clima da ONU, COP28, realizada em Dubai.
A retomada dos recursos do Fundo Amazônia vem à luz dos esforços do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que, como uma de suas primeiras medidas, reativou o fundo com o intuito de proteger a maior floresta tropical do mundo. O reaporte financeiro só foi possível após a notable redução de quase 50% na taxa de desmatamento nos primeiros 11 meses sob a atual administração brasileira, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente do Brasil.
O governo de Bolsonaro havia interrompido o funcionamento do fundo, citando alegadas irregularidades não comprovadas relacionadas a ONGs beneficiadas. Por sua vez, a Noruega, maior doador do Fundo Amazônia, havia investido aproximadamente 3 bilhões de reais antes da suspensão. Com o governo Lula, além da contribuição norueguesa, já foram prometidos adicionais 4 bilhões de reais por doadores que incluem Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Dinamarca, União Europeia e Suíça.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, através de uma declaração, ressaltou o compromisso brasileiro com o objetivo de ‘desmatamento zero’ até 2030, e a importância do suporte norueguês nesse contexto. Estas movimentações financeiras e políticas são vitais para o país que possui a maior fonte de emissões de gases do efeito estufa relacionadas ao desmatamento.
Este ato representa não apenas um progresso ambiental significativo, mas também um avanço nas relações internacionais em prol do combate às mudanças climáticas, trazendo esperança para a preservação da biodiversidade e para o cumprimento das metas ambientais globais estabelecidas em acordos anteriores.