A Revolução Verde na Índia, iniciada na década de 1960, trouxe significativas mudanças para a agricultura do país, introduzindo variedades modernas de culturas, técnicas avançadas de cultivo e o uso difundido de pesticidas e fertilizantes. No entanto, um estudo recente avaliou os impactos dessa revolução na sustentabilidade, revelando resultados variados entre diferentes regiões do país.
O estudo, publicado na Journal of Informatics Education and Research, destaca que a região sul da Índia apresenta maior resiliência ambiental em comparação às regiões norte e leste. Indicadores ambientais como manejo do solo, gestão da água e biodiversidade são considerados moderadamente bons ou bons no sul, enquanto o norte e o leste enfrentam diversos graus de degradação ambiental.
Do ponto de vista econômico, a pesquisa mostra disparidades entre pequenos proprietários e grandes agricultores. Pequenos agricultores enfrentam um padrão de vida mais baixo e menor acesso ao mercado, enquanto grandes propriedades agrícolas apresentam maior produtividade e integração de mercado. Essa disparidade econômica contribui para a persistência das desigualdades regionais.
Em termos sociais, os índices ressaltam a desigualdade e a insegurança no norte e leste, enquanto o sul demonstra melhor desempenho em indicadores sociais. Pequenos agricultores no norte e leste continuam a enfrentar insegurança alimentar e injustiça social, exacerbadas pela concentração de terras e recursos nas mãos de poucos.
O estudo conclui que a Revolução Verde teve impactos positivos significativos na produção agrícola e na segurança alimentar, porém trouxe desafios ambientais e sociais que precisam ser abordados. Os autores defendem a formulação de políticas inclusivas e programas específicos para corrigir as disparidades socioeconômicas e promover a sustentabilidade agrícola.
Desenvolver soluções regionais específicas, aliadas à adoção de tecnologias atualizadas e estratégias de desenvolvimento progressistas, são essenciais para transformar a agricultura indiana de maneira sustentável. Isso inclui práticas agrícolas ecologicamente responsáveis e políticas de desenvolvimento que levem em conta as particularidades regionais e sociais.
No futuro, avanços tecnológicos e inovações políticas serão fundamentais para uma transição sustentável do setor agroalimentar, não só na Índia, mas mundialmente. A Índia tem a oportunidade de liderar esse movimento, promovendo um setor agrícola resiliente e sustentável que priorize tanto o crescimento econômico quanto o bem-estar social e ambiental.
Fonte: Green Revolution and Sustainability Impact in the Indian Economy