Diante da prevalência dos desafios ambientais, a América Latina, que abriga 50% da biodiversidade global e se destaca como grande exportadora de alimentos, busca inovações urgentes para conciliar a produção sustentável com a conservação de recursos naturais. O continente enfrenta uma batalha contra os gases de efeito estufa, e é imprescindível uma mudança na agricultura, logística e gestão de resíduos, que, juntos, correspondem a 48% das emissões regionais.
Essas preocupações delineiam um futuro onde a tecnologia verde, ou greentech, é protagonista na transição para uma economia mais sustentável. Evidenciam-se, assim, nove tendências greentechs para 2024, projetando um avanço significativo em diversas frentes.
No setor de agro e uso da terra, destaca-se a agricultura de precisão, com ferramentas como inteligência artificial, sensoriamento e monitoramento remoto, contribuindo para uma gestão otimizada dos recursos e diminuição do desperdício. Aliado a isso, a biotecnologia promete avanços na genética vegetal e controle integrado de pragas, fortalecendo a resiliência das plantações frente às variações climáticas.
A rastreabilidade e compliance tornam-se centrais diante de regulamentações que estimulam o mercado a favorecer importações de alimentos com origem sustentável. A tecnologia digital surge como ferramenta vital para atender a essas demandas, catalisando a adaptação exigida pela nova legislação europeia.
O quesito de energia limpa e eficiente adentra com duas frentes relevantes: melhorias na eficiência do sistema elétrico e a expansão do mercado livre de energia. Sensores e automações prometem refinar a infraestrutura elétrica, refletindo em custos otimizados para o consumidor, enquanto a liberalização do mercado de energia pretende intensificar a competitividade e baratear a conta de luz.
Na seção de logística e transporte, a eletrificação de frotas junto aos biocombustíveis representa um passo essencial para mitigar as emissões do setor de transportes. Paralelo a isso, presencia-se um impulso para aprimorar a eficiência rodoviária, buscando soluções tecnológicas que atenuem o impacto dos custos logísticos elevados.
Por último, na esfera de economia circular e gestão de resíduos, a reciclagem mandatória ganha força no Brasil, desencadeando uma onda de inovações para atender às novas exigências legais. Explora-se também o potencial dos resíduos como matéria-prima para a produção de energia renovável, encontrando soluções duplas para o excesso de lixo e dependência de combustíveis fósseis.
Estas tendências delineiam um ano chave para o fortalecimento da bioeconomia, ao passo que a engenharia e tecnologia se alinham para alavancar desenvolvimento sustentável duradouro, alinhadas aos valores de ESG (Environmental, Social, and Governance). As perspectivas para a bioeconomia na América Latina são de um progresso ágil e efetivo, fundamentado nas inovações greentechs que prometem remodelar a face da economia regional em prol de uma sustentabilidade abrangente.
Fonte: https://capitalreset.uol.com.br/empresas/9-tendencias-em-greentech-para-2024-e-alem/