Startup de crédito de carbono firma aliança com big tech para compensar emissões da IA

O cenário emergente das tecnologias de Inteligência Artificial (IA) está diante de uma encruzilhada ambiental. O aumento exponencial do uso de IA traz consigo desafios energéticos que impactam diretamente as metas de sustentabilidade das grandes corporações tecnológicas. Neste contexto, apresenta-se a Mombak, uma startup especializada em crédito de carbono, que desponta como uma peça-chave nesta complexa equação.

Assciada a imponentes contratos, a Mombak ganhou notoriedade no setor ao consolidar um acordo histórico com a Microsoft para a absorção de 1,5 milhões de toneladas de carbono através de atividades de reflorestamento na Amazônia. Este compromisso, um dos maiores já registrados, sinaliza não apenas o potencial econômico associado ao mercado de créditos de carbono, mas também a importância estratégica dessas iniciativas para empresas de tecnologia global.

Na vanguarda dos esforços de sustentabilidade, a Mombak articula uma operação complexa que vai além da simples preservação de áreas verdes. A startup adquire terras degradadas, anteriormente pastos, e promove o reflorestamento com espécies nativas. Este processo não só estimula a recuperação ecológica da região, mas também gera um ativo econômico valioso: os créditos de carbono. Enquanto uma muda jovem já sequestra carbono por meio da fotossíntese, é entre dois a três anos que a absorção atinge seu ápice, um período altamente valorizado pelas empresas comprometidas com a neutralidade de carbono.

Impulsionada por um fundo de investimento que conta com colaboradores de grande porte como a Accent e o fundo de pensão do governo canadense, a Mombak investe em capital elevado para suas operações de reflorestamento. Com um retorno projetado para os investidores, a empresa estrutura acordos que permitem a gigantes como Microsoft e McLaren garantir o acesso à fase mais eficiente da captura de carbono.

Sublinhando a singularidade de sua atuação, os executivos da Mombak anunciam o projeto de expansão que, através de uma única fazenda, já se configura como o maior do seu tipo em escala global. A projeção é que, a partir de 2035, o empreendimento esteja removendo aproximadamente 20 milhões de toneladas de CO2 por ano da atmosfera.

O combate às emissões de carbono nunca foi tão crítico. Com previsões de que o consumo de energia por data centers, criptoativos e IA generativa possa dobrar até 2026, a responsabilidade das empresas perante o meio ambiente se intensifica. Neste cenário, a Mombak destaca-se como uma solução prática e economicamente viável para empresas que buscam operar de maneira sustentável em um mundo cada vez mais digitalizado e com demandas energéticas crescentes.


Fonte: https://www.infomoney.com.br/business/startup-de-credito-de-carbono-quer-ser-remedio-ao-efeito-adverso-da-ia/

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