O panorama atual da bioeconomia e a proteção ambiental recebeu reforço significativo com a participação do Japão no Fundo Amazônia, que se destaca como a maior iniciativa global de redução de emissões oriundas de desmatamento e degradação florestal (REDD+). Este gesto de cooperação promissora delineia o Japão como o primeiro país asiático a contribuir para o fundo, com uma doação anunciada na ordem de 411 milhões de ienes, o equivalente a cerca de 14 milhões de reais. O acordo foi celebrado em uma cerimônia oficial na sede do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima situado em Brasília, marcando um passo relevante na relação bilateral entre o Japão e o Brasil.
O momento atual é um reflexo da crescente confiança internacional na capacidade do Brasil de enfrentar desafios ambientais, patenteada pelo anúncio de doações de oito países totalizando R$ 3,9 bilhões. A cerimônia de formalização contou com figuras de destaque como a ministra Marina Silva, o embaixador do Japão, Teiji Hayashi, além de Nelson Barbosa do BNDES e o embaixador Eduardo Saboia do MRE. A declaração de Hayashi enfatizou o compromisso japonês em fortalecer cooperações que abordem pautas ambientais e climáticas, reiterando a importância da iniciativa para a sustentabilidade global.
O Fundo Amazônia é administrado pelo BNDES e se alinha com o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), lançado em junho de 2023. Após um período de estagnação de quatro anos, a reativação do Fundo no início de 2023 simboliza um renovado esforço do governo brasileiro em suas políticas de conservação florestal. A Alemanha e os Estados Unidos, entre outros países doadores, já contribuíram significativamente ao fundo.
Desde sua criação em 2008, o Fundo Amazônia já destinou R$ 1,8 bilhão a 107 projetos, impactando positivamente cerca de 241 mil pessoas por meio de atividades sustentáveis, 101 Terras Indígenas e 196 Unidades de Conservação. Os dados reiteram a eficácia e o alcance significativo das intervenções em curso para a preservação da biodiversidade da Amazônia e representam um forte impulso para as iniciativas de desenvolvimento sustentável na região.
