Em um movimento estratégico para o fortalecimento de ações ambientais, o BNDES e o Ministério do Meio Ambiente garantiram um aporte recorde ao Fundo Clima, atingindo a cifra de R$ 10,4 bilhões. Esse impulso financeiro, acordado em Brasília, assinala uma nova etapa para o combate à mudança do clima no Brasil, um país que lidera esforços na esfera global.
Com a presença de figuras políticas de alto escalão, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi consolidado um cenário promissor para iniciativas ambientais. A emissão de títulos soberanos sustentáveis, conduzida pelo Ministério da Fazenda, e receitas do setor petrolífero formam a base financeira dessa nova fase que permitirá financiar uma gama diversificada de projetos verdes.
O Fundo Clima, antes operando com recursos de R$ 2,9 bilhões, cuja funcionalidade esteve suspensa nos últimos quatro anos, se destaca agora como um dos maiores financiadores na área ambiental. O instrumento, ressaltado pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, reflete a emergência climática no centro da pauta governamental, prometendo não só benefícios ambientais, mas também a geração de empregos e renda.
As modalidades de financiamento se diversificam em seis linhas de atuação e abrangem desde o desenvolvimento urbano sustentável até a transição energética e práticas que favorecem florestas nativas. O Fundo Clima dá especial atenção ao suporte de projetos de infraestrutura pública, indústria verde, logística de transporte limpo e inovações em serviços relacionados à sustentabilidade.
A ampliação dos itens financiáveis representa um marco, abrindo portas para a aquisição de tecnologias verdes, como ônibus elétricos e equipamentos de eficiência energética. As condições financeiras foram reestruturadas, possibilitando o financiamento de até 100% dos itens, com taxas de juros e prazos de amortização variáveis em função da natureza do projeto.
Importantes alterações nas taxas de juros agora oferecem termos mais acessíveis, com o custo mais baixo, de 1% ao ano, destinado a projetos de florestas nativas e recursos hídricos, encorajando a conservação e a restauração ambiental. Em contrapartida, projetos voltados para a geração de energia renovável, como solar e eólica, encontram as taxas mais elevadas, porém seguindo um plano estratégico de atratividade financeira.
No annus mirabilis de 2023, as contrações do Fundo Clima atestaram sucesso com 27 operações, resultando na prevenção da emissão de milhões de toneladas de CO2, um sinal verde para a urbanização sustentável e os investimentos em energias limpas. Essa projeção ambiciosa consolida o país na liderança de um movimento global direcionado à sustentabilidade e resiliência ecológica.