Em um vigoroso esforço pela reestruturação de práticas sustentáveis, o Parlamento Europeu votou recentemente por uma redução maciça no uso de agrotóxicos. Em um feito revolucionário, o órgão esforça-se para cortar o uso de todos os pesticidas químicos pela metade até 2030, uma medida que reflete inegáveis avanços no compromisso da Europa com a bioeconomia e a sustentabilidade.
Os esforços para substituir, e até mesmo proibir pesticidas químicos, estão sendo meticulosamente planejados, estabelecendo uma tendência notável para uma gestão eficiente e ecológica dos recursos. Sob esta iniciativa tentativa, ficará a cargo de cada estado membro desenvolver metas e estratégias nacionais individualizadas, com base na quantidade de substâncias vendidas anualmente, seu grau de perigo e a extensão dos territórios agrícolas locais.
Outra medida audaciosa é a possível total proibição de agrotóxicos em áreas verdes urbanas, incluindo parques infantis, áreas de lazer e reservas naturais protegidas por lei. Em contrapartida, nas chamadas “áreas sensíveis”, apenas controle biológico e produtos certificados para agricultura orgânica seriam permitidos.
Interessantemente, os deputados europeus estão considerando um meio-termo, onde agrotóxicos só seriam utilizados como último recurso, com uma priorização de pesticidas de “baixo risco”. Paralelamente, a Comissão Europeia está à procura de métodos para acelerar o processo de autorização desse tipo de pesticida, abordando o assunto com um bom equilíbrio entre segurança alimentar, economia, e impactos ambientais.
Ao mesmo tempo, os legisladores voltaram sua atenção para uma política internacional de grande repercussão, que objetiva proibir a exportação de pesticidas não aprovados pela União Europeia. Uma medida que pode ter grandes implicações para países como o Brasil, que recebeu toneladas de agrotóxicos proibidos no território europeu.
Essa mudança, embora potencialmente revolucionária, será implementada gradualmente, visando minimizar qualquer impacto na segurança alimentar. No entanto, está claro que o Parlamento Europeu está empenhado em reformular e repensar as formas como lidamos com a agricultura em um mundo cada vez mais consciente do nosso impacto no meio ambiente.
