Crescimento da bioeconomia indiana: uma transformação guiada pela inovação

A bioeconomia da Índia registrou um crescimento impressionante ao longo da última década, saltando de US$ 10 bilhões em 2014 para mais de US$ 130 bilhões em 2024. Essa tendência de crescimento notável, apontada pelo Ministro da União para Ciência e Tecnologia, Dr. Jitendra Singh, durante o Conclave da Missão Nacional de Biofármacos realizada no Centro Internacional Dr. Ambedkar, em Nova Delhi, projeta que o setor pode alcançar US$ 300 bilhões até 2030. Tal expansão ressalta o papel central que a bioeconomia desempenhará no futuro desenvolvimento econômico do país.

A Missão Nacional de Biofármacos (NBM), lançada como parte do programa Innovate in India (I3), desempenha um papel crucial nesse cenário. A iniciativa, financiada em 50% pelo Banco Mundial com um custo total de US$ 250 milhões, busca acelerar a pesquisa e desenvolvimento de biofármacos, abrangendo vacinas, biossimilares, dispositivos médicos e diagnósticos. Essa colaboração entre indústria e academia tem sido incentivada pela BIRAC, a agência responsável por fortalecer as capacidades tecnológicas e de desenvolvimento de produtos do país.

Desde seu início, a missão resultou na criação de 21 instalações compartilhadas dedicadas a serviços de pesquisa e biofabricação, essenciais durante a pandemia ao suportarem os testes de vacinas para COVID-19. Essas infraestruturas não apenas reduziram custos e tempo, mas também prepararam a Índia para objetivos futuros que visam a autonomia biotecnológica até 2047. Outro marco significativo inclui a introdução de 18 novos produtos, como vacinas, bioterapêuticos, dispositivos médicos e kits de diagnóstico.

O Ministro Singh destacou importantes contribuições do NBM, incluindo o primeiro scanner de ressonância magnética da Índia, a primeira vacina de DNA contra COVID, ZyCoV-D, e o primeiro biossimilar não-insulínico injetável para diabetes tipo 2, o liraglutide. Esses desenvolvimentos ilustram não apenas a inovação tecnológica, mas também como o setor biotecnológico da Índia está ganhando competitividade no cenário internacional.

O impacto da Ciencia e Tecnologia na bioeconomia da Índia reflete-se no avanço significativo do país no índice de inovação global, subindo da 81ª posição em 2015 para a 40ª posição entre 132 economias. Neste contexto, a Missão Nacional de Biofármacos se destaca ao mitigar lacunas no pipeline de desenvolvimento de produtos biofarmacêuticos, apoiando mais de 200 beneficiários em áreas como vacinas, bioterapêuticos, dispositivos médicos e diagnósticos.

Outro destaque mencionado por Singh é o Programa de Sequenciamento de Genoma na Índia, parte das estratégias de saúde futura, salientando a importância preventiva e terapêutica deste mapeamento no cenário global.

Além disso, implantou sete escritórios de transferência de tecnologia para apoiar o manejo de propriedade intelectual e mais de 450 campanhas de conscientização sobre direitos de PI, resultando na concessão de mais de 25 licenças de tecnologias para a indústria, avaliadas em milhões de rúpias.

O discurso do Ministro ressalta o papel vital do Bio-pharma enquanto vetor de avanços em saúde preventiva, alavancado por uma visão estratégica que coloca o setor como protagonista na aplicabilidade de soluções inovadoras. A crescente relevância da bioeconomia para o desenvolvimento sustentável é um dos motores que direciona a Índia para um futuro onde a tecnologia e a inovação atuam como pilares do crescimento econômico e social.


Fonte: https://www.dailyexcelsior.com/indias-bioeconomy-grew-13-times-in-last-10-years-dr-jitendra/

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