A Citroniq Chemicals LLC, uma produtora global de materiais com um balanço negativo de carbono, anunciou recentemente a conclusão de uma rodada de investimentos Série A no valor de 12 milhões de dólares. Esse financiamento pavimentará o caminho para o lançamento do primeiro polo de biorrefinaria com saldo negativo de carbono em Nebraska, destacando a capacidade da empresa de mitigar emissões de gases de efeito estufa em uma escala significativa.
O avanço no projeto foi viabilizado por um investimento liderado por uma grande empresa multinacional de tecnologia energética, que fornece equipamentos rotativos para clientes dos segmentos de petróleo e gás, energia e setores industriais em mais de 120 países. Além disso, a Lummus Technology Ventures contribuiu com uma co-investimento em parceria com o Estado de Nebraska, reforçando o compromisso local com inovações sustentáveis.
A nova planta de produção da Citroniq será desenvolvida numa plataforma projetada para capturar e evitar a emissão de 2 milhões de toneladas métricas de gases de efeito estufa anualmente, uma medida importante na luta contra as mudanças climáticas. Essa infraestrutura inovadora faz parte de uma crescente aliança com a Lummus Technology, que busca ampliar a produção e comercialização de bio-polipropileno, um vetor estratégico na redução de emissões de carbono na indústria de plásticos.
Leon de Bruyn, presidente e CEO da Lummus Technology, destacou que o financiamento fortalece a parceria consolidada entre as empresas e reitera o compromisso com a descarbonização do setor de plásticos. Essa sinergia entre as companhias visa não apenas a mitigação das emissões, mas também a criação de novos paradigmas de produção no setor industrial.
Mel Badheka, presidente e co-fundador da Citroniq, expressou satisfação com a chegada de investidores estratégicos, apontando que o investimento é apenas o início de esforços mais amplos para construir múltiplos polos de biorrefinaria, fomentando a bioeconomia local de Nebraska e transformando o etanol produzido localmente em bioplásticos valiosos. A aposta na conversão do etanol em bioplásticos sublinha um modelo de economia circular, onde resíduos são convertidos em insumos de alto valor.
A declaração do CEO e co-fundador Kelly Knopp reafirma que o financiamento permitirá à Citroniq concluir as etapas de engenharia e colocar em operação a primeira planta, movimentando assim o setor de plásticos rumo a uma pegada de carbono significativamente reduzida. No contexto da bioeconomia, a resina 5X negativa em carbono tem o potencial de ser um divisor de águas nas metas de sustentabilidade para 2030 e objetivos de emissão líquida zero a longo prazo.
O aspecto jurídico da transação contou com assessoria de Doug Getten, Michael Portillo e Leslie Lord, da Baker Botts, LLP, enquanto que os consultores financeiros Peter Perri e Vince Palmieri, da Young America Capital, NY, auxiliaram no dimensionamento econômico do projeto.
Compreender a importância estratégica desse hub e sua contribuição para a descarbonização oferece insights valiosos sobre a sinergia entre inovação tecnológica e políticas públicas em áreas chave para a sustentabilidade global.