BNDES obtém R$ 8,5 bi do banco do BRICS para impulsionar projetos verdes e desenvolvimento sustentável

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmou dois contratos de captação com o New Development Bank (NDB), conhecido como banco do BRICS, anunciando um aporte significativo de recursos na ordem de US$ 1,7 bilhão (aproximadamente R$ 8,5 bilhões). Destinados a fomentar o desenvolvimento de iniciativas sustentáveis, estes recursos serão alocados em projetos verdes divididos entre combate às mudanças climáticas e investimentos em infraestrutura sustentável.

A cerimônia de assinatura, que ocorreu na sede do BNDES no Rio de Janeiro, contou com figuras de destaque no cenário político, tais como o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante; a presidente do NDB, Dilma Rousseff; além de outras personalidades como o ex-presidente do Uruguai, José Pepe Mujica e o prefeito do Rio, Eduardo Paes.

Dilma Rousseff, presidindo a instituição financeira dos BRICS, ressaltou a importância do NDB como uma entidade financeira surgida da discussão entre os países do Sul Global para projetar sua influência no ambiente internacional. De acordo com Rousseff, o NDB desponta no cenário financeiro global como um banco voltado para países em desenvolvimento, com um claro direcionamento para investimentos que primam pelo desenvolvimento sustentável e inclusivo.

O montante destinado à infraestrutura engloba múltiplos setores, incluindo energia renovável, transporte e logística, saneamento, mobilidade urbana, tecnologias da informação e comunicação (TIC) e infraestrutura social, com foco na educação e saúde. Estes projetos contarão com um prazo de 24 anos para sua realização. Por outro lado, a agendada redução de emissão de gases de efeito estufa e adaptação às mudanças climáticas, terá um prazo de uso de 11 anos e seis meses, evidenciando a urgência em lidar com as ameaças impostas pelo aquecimento global. As áreas contempladas incluem mobilidade urbana sustentável, gestão de resíduos sólidos, energias renováveis, equipamentos eficientes, cidades sustentáveis e conservação de florestas nativas.

Este investimento surge em um momento em que o BNDES observa um crescimento expressivo na demanda por crédito em seus variados setores de atuação. Aloizio Mercadante destacou um aumento de 94% na procura por recursos em apenas 11 meses e um incremento de 143% em projetos de infraestrutura que buscam financiamento, reafirmando a robustez da carteira de aprovações do banco para o ano corrente.

O presidente Lula, em suas palavras finais, evidenciou o papel crucial que o BNDES exerce no fomento de investimentos relacionados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ele pontuou a ‘sorte’ do Brasil em contar com um banco de tal envergadura, que desempenhou papel salvar em momentos de crise e que, juntamente com outras instituições financeiras nacionais, contribuiu para a estabilidade econômica do país durante períodos turbulhões, como a crise econômica de 2008.

O NDB, criado em 2014 e composto inicialmente por países como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, expandiu suas fronteiras ao incluir nações como Bangladesh, Egito, Emirados Árabes e Uruguai. A sua atuação já resultou na aprovação de 98 projetos totalizando mais de US$ 32 bilhões desde sua fundação. No contexto brasileiro, o NDB tem direcionado US$ 5,7 bilhões para a concretização de 19 projetos até o momento (dados de 2022).


Fonte: https://agenciadenoticias.bndes.gov.br/detalhe/noticia/Com-Lula-e-Dilma-BNDES-anuncia-R$-85-bi-do-banco-do-BRICS-para-projetos-verdes/

Compartilhar