Avanço no asfalto à base de algas indica estradas mais limpas e redução de poluentes

A busca por alternativas sustentáveis para materiais convencionais atingiu um novo marco com o advento de asfalto à base de algas, prometendo estradas mais limpas e menores emissões tóxicas. Este avanço tecnológico surge diante do reconhecimento crescente dos perigos associados ao asfalto comumente utilizado, agravados pelas condições climáticas que intensificam a liberação de partículas tóxicas para o ar.

Com foco em biobased additives, cientistas apontam uma redução significativa na liberação de compostos orgânicos voláteis – responsáveis por irritações oculares e respiratórias, danos a órgãos vitais e até riscos de câncer – capazes de serem emitidos mesmo muito tempo após a aplicação do asfalto nas vias. Esta inovação pode ser a solução para o impasse de poluentes aéreos de longa duração, conhecidos pela sua persistente degeneração da qualidade do ar urbano.

Num cenário onde a demanda por soluções de engenharia sustentáveis é premente, pesquisas como as da Universidade Estadual do Arizona e uma colaboração entre Yale e Carnegie Mellon jogam luz sobre métodos para a inclusão de urban air quality calculations. Os resultados apontam para o potencial de redução de até 70% na liberação de poluentes, quando o asfalto incorpora a tecnologia AirDuo, que utiliza um binder à base de algas líquidas.

Por outro lado, a pesquisa europeia liderada pela Holanda no uso de lignina como binder apontou também para uma substancial redução de emissões, variando entre 30% a 60%. Estas soluções biobased, além de mitigarem problemas de saúde pública, apresentam uma pegada de carbono significativamente menor. A adoção de lignina – um resíduo das indústrias de papel e celulose – e algas já utilizadas em processos de filtros biológicos industriais, sugere também um ciclo de vida mais favorável em relação a recursos e impacto ambiental.

As evidências, embora preliminares, favorecem a durabilidade aprimorada das estradas com o uso de biobased asphalt. No entanto, a adoção em larga escala destes materiais inovadores enfrenta desafios. Um deles é o tempo necessário para confirmação de sua eficácia a longo prazo sob condições reais de tráfego. Ainda assim, a escassez no fornecimento de betume – um dos principais componentes do asfalto convencional –, poderia impulsionar a transição para biobased binders, especialmente em projetos novos ou de renovação.

No âmbito da engenharia, o asfalto biobased desponta como um vetor de sustentabilidade estratégica, abarcando tanto a saúde pública quanto a mitigação do impacto ambiental, reflexo das inovações emergentes na bioeconomia. As pesquisas apontam um caminho promissor para a renovação da infraestrutura rodoviária, ressoando com os anseios por soluções ecologicamente conscientes.


Fonte: https://worldbiomarketinsights.com/algae-asphalt-paves-way-for-cleaner-roads/

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