Sudene e universidades federais lançam rede para impulsionar bioeconomia nordestina

Marcando um novo capítulo na história da bioeconomia do Nordeste, a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) em parceria com as universidades federais de Pernambuco (UFPE) e Vale do São Francisco (Univasf), anunciou o lançamento da Rede Impacta Bioeconomia. Este movimento sinérgico visa fortalecer a pesquisa e inovação com foco no desenvolvimento de medicamentos, alavancando a biodiversidade e promovendo a sustentabilidade na região.

A Sudene, através de um investimento significativo de R$ 553,7 mil, delineou seis metas estratégicas para a Rede Impacta Bioeconomia, que incluem desde a valorização de produtos derivados do umbu e maracujá-da-caatinga até o mapeamento de cadeias de valor e produção de mel de abelhas. A expectativa é de que a iniciativa concentre esforços na geração de valor e renda, apoiando procedimentos de beneficiamento e a industrialização do Nordeste.

Sob a liderança visionária de Danilo Cabral, superintendente da Sudene, este programa articula-se com o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), considerando as dimensões cruciais de inovação e desenvolvimento sustentável. O pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UFPE, Pedro Carelli, realça essa parceria como uma ação estratégica e essencial para aproveitar a biodiversidade local de forma integral, desde a pesquisa ao desenvolvimento econômico regional.

A professora Mônica Felts, uma das coordenadoras da rede e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Positiva do Complexo Industrial da Saúde 4.0 (INCT TEC CIS 4.0), ressalta que os esforços iniciais serão focados em suplementos funcionais e alimentares, defensivos agrícolas e cosméticos inteligentes, antes de alcançar a fase de produção de medicamentos. A estratégia embasa a exploração sustentável dos bioinsumos e a criação de novas tecnologias para valorizar a produção regional.

O projeto inicial concentra-se na área de influência da Região Integrada de Desenvolvimento Petrolina-Juazeiro e na Mata Atlântica, mas com o intuito de se expandir por todo o Nordeste. Para tornar isso possível, a Rede Impacta Bioeconomia trabalhará em estreita colaboração com organizações socioprodutivas robustas, como a Coopercuc e a Cooates, especializadas em produtos do extrativismo de umbu, maracujá-da-caatinga, além de mel e própolis.

Este anúncio sublinha ainda a determinação da Sudene em integrar as políticas públicas à pauta da sustentabilidade para promover equidade regional. Assim, por meio do reforço em inovação e aproveitamento eficiente dos recursos naturais, as regiões vulneráveis do Nordeste estão sendo colocadas em destaque no mapa do desenvolvimento sustentável, alinhadas com as diretrizes do Complexo Econômico Industrial da Saúde e as novas políticas industriais do Governo Federal.


Fonte: https://www.gov.br/sudene/pt-br/assuntos/noticias/sudene-e-universidades-lancam-rede-impacta-bioeconomia

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