Em um movimento significativo para a conservação da Amazônia e o combate às mudanças climáticas, o governo do Reino Unido firmou seu comprometimento com o Fundo Amazônia, concretizando uma doação de 80 milhões de libras, o equivalente a cerca de R$ 500 milhões. Este anúncio foi feito durante a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-28), marcando uma colaboração internacional significativa no que se refere à sustentabilidade global e às iniciativas de preservação ambiental.
Em adição à generosa contribuição, o governo britânico expressou a intenção de disponibilizar outros 35 milhões de libras, aproximadamente R$ 215 milhões, reforçando a parceria com projetos de combate ao desmatamento e promoção do uso sustentável da floresta Amazônica. A novidade foi revelada em reunião entre a Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e a Secretária de Segurança Energética e Emissões Zero do Reino Unido, Claire Coutinho.
Amparado pelo propósito assumido anteriormente pelo primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, em maio de 2023, o reforço financeiro alinha esforços para uma bioeconomia equilibrada e responsiva, destacando o papel do Brasil como protagonista nesta jornada. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, mencionou a colaboração como peça chave para a evolução das políticas públicas e a concretização da meta de emissão zero, alinhando-se aos objetivos globais estabelecidos na COP de Paris.
Com este cenário promissor, Marina Silva colocou em perspectiva a estrutura já existente no país, que conta com a colaboração de 23 ministérios focados na agenda da sustentabilidade e a consolidada experiência brasileira no campo do manejo florestal, e classificou a cooperação com o Reino Unido como uma ‘parceria histórica’ diante dos objetivos de desenvolvimento sustentável.
As doações ao Fundo Amazônia corroboram seu posicionamento como principal instrumento de cooperação internacional voltado para a redução de emissões decorrentes do desmatamento e degradação florestal (REDD+). Tereza Campello, diretora Socioambiental do BNDES, expressou que esta injeção de recursos também representa a confiança global na governança e gestão do Fundo.
Como parte de um movimento contínuo de apoio à causa ambiental, outros países, como Alemanha, Suíça e o próprio Estados Unidos já participaram com contribuições significativas ao longo do ano. Este suporte financeiro se destina ao apoio a projetos não reembolsáveis que fortalecem as ações de prevenção ao desmatamento e favorecem práticas de conservação e desenvolvimento sustentável na região da Amazônia Legal e outros biomas brasileiros e tropicais.
O impacto dessas ações é real e tangível: com o investimento de R$ 1,8 bilhão desde sua criação em 2008, o Fundo Amazônia já beneficiou cerca de 241 mil pessoas, alcançando 101 terras indígenas e 196 unidades de conservação, fomentando uma rede de atividades produtivas sustentáveis e fortalecendo o senso de responsabilidade ambiental a nível global.