O setor de bioeconomia e transição energética recebe uma importante injeção de recursos anunciada durante a Conferência das Partes (COP28). A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, divulga a alocação de significativos R$ 20,85 bilhões destinados a financiar projetos nas áreas da transição energética, bioeconomia, infraestrutura e mobilidade. Este montante representa um marco notável para o avanço científico e tecnológico em práticas sustentáveis e renova a esperança em prol de um futuro mais verde e responsável.
Os fundos virão por meio de cinco editais integrantes do programa Mais Inovação Brasil, que se estabelece como uma das iniciativas de maior peso na nova política industrial brasileira. Este programa é fruto da colaboração entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O anúncio acontecerá no Estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI) localizado na Blue Zone da Expo City, em Dubai. Esta ocasião também marcará o lançamento da plataforma SIRENE Organizacionais, uma iniciativa que surgirá como um instrumento público destinado a coletar inventários de emissões de gases de efeito estufa de organizações dos setores público, privado e terceiro setor de todos os segmentos econômicos. Desenvolvida em parceria com a CNI, a plataforma será uma resposta às demandas do setor produtivo por um sistema nacional de Relato, Mensuração e Verificação compatível com os desafios implementados por um mercado regulado de carbono no Brasil.
Além disso, a ministra Luciana Santos participará do painel intitulado “A ciência do Inventário Nacional e políticas de mitigação”, que ocorrerá no Auditório 2 do Pavilhão Brasil e será promovido pelo MCTI. Este encontro estará alinhado aos esforços conjugados do governo e setores industriais na busca por soluções e políticas efetivas para a redução do impacto ambiental e promoção de um desenvolvimento sustentável.
Qualificando-se essas ações como peça-chave para a evolução da bioeconomia e da transição para fontes de energia limpa, o Brasil se posiciona como uma potência emergente no cenário da inovação verde. Com discussões e recursos direcionados para a eficiência energética e a redução de carbono, estamos diante de uma grande oportunidade de transformação social e econômica alinhada aos preceitos ESG (Environmental, Social and Governance).
Os especialistas e interessados da área têm, portanto, um horizonte renovado para a implementação de práticas sustentáveis, com a vantagem adicional de avançar no cumprimento dos compromissos internacionais de mitigação das alterações climáticas. Este financiamento, portanto, não é apenas um sinal de apoio à ciência e inovação, mas também um claro reconhecimento da importância estratégica que esses campos representam para o futuro e para a liderança ambiental do país.