A fruta denominada camu-camu, nativa da região amazônica, está proporcionando uma contribuição vital para a restauração de florestas no Sudoeste do Pará. A fruta, que possui 20 vezes mais vitamina C do que a acerola, tem sido usada em um projeto de restauração florestal com o objetivo de enriquecer a nutrição da fauna local e fomentar o cultivo comercial para a população local.
De acordo com a notícia, mudas do camucamuzeiro estão sendo utilizadas para ajudar a restaurar áreas da região amazônica do Médio Xingu. Este é o resultado de uma parceria entre a Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Norte Energia em um esforço para coletar sementes, produzir mudas e realizar plantios de diversas espécies, incluindo o camu-camu.
A notícia informa que cerca de 45 mil mudas, de aproximadamente 35 espécies nativas da região amazônica, foram manejadas e replantadas, resultando na restauração de 80 hectares, ou seja, o equivalente a 112 campos de futebol. Parte das mudas foi doada para a UFPA, para as comunidades locais envolvidas no projeto, e para a Secretaria de Meio Ambiente de Vitória do Xingu (PA), com o objetivo de promover plantios na região e assim favorecer a produção sustentável.
O projeto buscou aliar o conhecimento dos ribeirinhos com as técnicas modernas de plantio e coleta de sementes, objetivando também a capacitação dos moradores locais. Nesse sentido, o projeto já possibilitou a coleta de aproximadamente uma tonelada de sementes, de diversas espécies, pelos moradores da região.
Em relação aos benefícios econômicos e de saúde da camu-camu, apesar de ainda não ser amplamente consumida no Brasil, a fruta tem gerado interesse de diversos setores industriais, inclusive como fármaco, cosmético, conservante natural e no setor alimentício. Da casca do camu-camu pode ser extraído um corante natural. Além disso, a vitamina C encontrada nesta fruta não é destruída pelo calor.
Este é um exemplo notável de como iniciativas circulares sustentáveis em bioeconomia podem ser realizadas em nível local, proporcionando benefícios para a população local, a fauna nativa e a restauração da floresta amazônica.
