O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 160 milhões para um ambicioso projeto de reflorestamento no estado do Pará, liderado pela Mombak. A iniciativa busca transformar o ‘Arco do Desmatamento’ da Amazônia no ‘Arco da Restauração’, reafirmando o compromisso do banco com a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável.
Esse financiamento marca a segunda grande operação do BNDES com a iniciativa privada para a recuperação de áreas degradadas na região amazônica. O projeto foca na recriação de florestas em áreas severamente impactadas, contribuindo também para a geração de créditos de remoção de CO2 de alta integridade. Ao investir nessa iniciativa, o banco está alinhado com as metas do Fundo Clima e busca reconstruir até 2030, 6 milhões de hectares, e até 2050, 18 milhões, removendo 1,65 bilhão de toneladas de carbono da atmosfera.
A Mombak, que já levantou cerca de R$ 1 bilhão para projetos de restauração, realiza o plantio exclusivamente com espécies de vegetação nativa. Em apenas um ano, a empresa já plantou três milhões de árvores no município de Mãe do Rio, no Pará, beneficiando diretamente a economia local e promovendo a geração de empregos tanto diretos quanto indiretos, especialmente por meio de parcerias com pecuaristas.
Com um duplo enfoque em preservação ambiental e benefícios sociais, o projeto não apenas combate a perda da biodiversidade, mas também melhora a qualidade das águas e impacta positivamente as comunidades locais, gerando renda a partir de empregos verdes.
A diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, destaca o papel fundamental do banco em liderar e inovar no desenvolvimento de iniciativas sustentáveis. “Ainda existe preconceito em relação ao restauro de floresta, visto como uma atividade meramente ecológica. A operação com a Mombak demonstra a força econômica do restauro no Brasil, da mesma maneira que antes duvidavam do potencial das energias renováveis”, reforça Campello.
Para Peter Fernandez, CEO e cofundador da Mombak, o apoio do BNDES é vital para o avanço da nascente indústria de remoção de carbono no Brasil. “Restaurar florestas com o apoio do BNDES demonstra o potencial do mercado em construir um futuro climático sustentável aliado ao desenvolvimento socioeconômico”, afirma Fernandez, justificando o alinhamento das operações com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, particularmente os que tratam da ação contra as mudanças climáticas e a manutenção da vida terrestre.
Nesse contexto, o projeto também possibilitará a emissão de créditos de carbono no mercado voluntário internacional, reforçando a integração das metas ambientais locais com as exigências globais de sustentabilidade. Ao transformar áreas degradadas em novos ecossistemas vibrantes, a Mombak ilustra a importância de uma economia baseada na bioeconomia, mostrando que é viável articular metas de conservação ambiental com desenvolvimento econômico.
