Projeto ClimateScanner avança em auditoria climática global com apoio do BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) recebeu, na última quinta-feira, a etapa final de capacitação para o projeto ClimateScanner, uma iniciativa global que busca padronizar a auditoria das políticas governamentais frente às mudanças climáticas. O evento contou com a presença do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, do presidente do TCU, Bruno Dantas, e do representante brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Claudio Providas.

O ClimateScanner, criado pela Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores sob a liderança do TCU, tem sido desenvolvido com 17 país participantes e já envolveu na capacitação cerca de 240 auditores de 141 países. A expectativa é que os primeiros dados da ferramenta sejam apresentados durante a COP29, que ocorrerá no Azerbaijão em novembro.

Aloizio Mercadante destacou a importância da iniciativa como estratégica em âmbito global para enfrentar o que chamou de ‘tragédia ambiental’ e defendeu o comprometimento do BNDES com ações de sustentabilidade ambiental e transição energética justa. Segundo Mercadante, bancos públicos têm a responsabilidade de criar fundos dedicados às urgências climáticas. Ele afirmou que o BNDES já aprovou significativas cifras para a recuperação do estado do Rio Grande do Sul e combate a desastres naturais.

Bruno Dantas reforçou que o ClimateScanner tem como propósito não apenas verificar o cumprimento das políticas climáticas, mas também avaliar sua eficácia. Ele classificou o projeto como a maior iniciativa desenvolvida pela Intosai desde sua fundação.

Claudio Providas, representante do PNUD, arguiu que as crises climáticas demandam mais investimentos para prevenção do que os gastos para mitigar seus efeitos e que a solução passa por investimentos claros em ações preventivas e de mitigação.

Mercadante ainda criticou o que ele vê como subfinanciamento global para ações climáticas, apelando para uma maior generosidade em relação aos países do Sul Global, ressaltando que o ClimateScanner deve fomentar essa discussão nos fóruns internacionais.

O projeto foi formalmente apoiado pelo BNDES, que destinou até US$ 1 milhão em recursos não reembolsáveis e mobilizou técnicos especializados em financiamento à resiliência climática para colaborar diretamente. A plataforma está organizada em três focos: governança, financiamento climático e políticas públicas, e pretende facilitar uma avaliação independente e eficaz das ações governamentais de combate às mudanças climáticas.

O ClimateScanner aposta numa plataforma de simples navegação e dotada de recuros visuais voltados ao acompanhamento das políticas públicas internacionais, permitindo que instituições de controle global realizem auditoria rápida e precisa das ações climáticas implementadas pelos governos.


Fonte: https://agenciadenoticias.bndes.gov.br/detalhe/noticia/ClimateScanner-BNDES-sedia-etapa-final-de-treinamento-sobre-auditoria-climatica-global/

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