Em um movimento significativo rumo à sustentabilidade e à transição climática, o Governo Federal do Brasil, em colaboração com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e parceiros internacionais, lançou a inovadora Plataforma de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica, também conhecida como BIP. Essa plataforma, que contou com o apoio de entidades como a Bloomberg Philanthropies e o Fundo Verde para o Clima, tem o objetivo de mobilizar capital internacional de transição para fortalecer os esforços do Brasil em atingir metas ambiciosas de redução de emissões.
Anunciada como uma ferramenta crucial para a descarbonização econômica e criação de empregos, a plataforma visa replicar o sucesso do Brasil em energia renovável para setores cruciais, posicionando o país como um líder em investimentos verdes. O Plano de Transformação Ecológica do governo estabelece diretrizes claras para ações em várias frentes, incluindo o combate ao desmatamento, práticas agrícolas sustentáveis, descarbonização industrial, além do fortalecimento de soluções baseadas na natureza e bioeconomia.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que a plataforma é um marco na agenda climática do Brasil, representando o culminar de uma série de esforços para estruturar marcos regulatórios e financeiros capazes de sustentar investimentos verdes. Com essa infraestrutura, o país se prepara para iniciar uma nova fase de investimentos alicerçada em regulamentos robustos e soluções inovadoras.
A diretora de Infraestrutura e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, reforçou que a experiência e o conhecimento do BNDES serão fundamentais para alavancar a plataforma. Esse conhecimento, aliado ao apoio de instituições financeiras globais e ao uso eficaz de recursos, irá promover avanços significativos no planejamento ecológico e climático do Brasil, servindo como um modelo para outros países que buscam integrar metas climáticas em seus investimentos.
A importância de atrair capital internacional é inegável para alcançar os objetivos de redução de emissões. O país ajustou sua contribuição nacionalmente determinada (NDC) em 2023, com uma meta arrojada de reduzir emissões em 53% até 2030. Essas metas também visam transformar o Brasil no primeiro país do G20 a alcançar a neutralidade de carbono, enquanto impulsionam o desenvolvimento econômico e a geração de renda.
A Bioeconomia é um dos três setores focais da plataforma, ao lado de Soluções Baseadas na Natureza e Indústria e Mobilidade. Os projetos incluem investimentos significativos como a Acelen Renewables e a restauração de grandes áreas degradadas na Mata Atlântica, demonstrando a amplitude e a profundidade do compromisso ambiental do Brasil.
Além disso, a Plataforma BIP visa promover a colaboração intersetorial, integrando o setor público e privado, bem como bancos multilaterais de desenvolvimento, expandindo a reserva de capital disponível para projetos sustentáveis. O Brasil, assim, se coloca à frente na corrida pela sustentabilidade e se firma como um palco global para investimentos verdes estratégicos, abrindo portas para o futuro mais sustentável e inclusivo.
