A indústria de celulose e papel da Europa está no centro das atenções, ocupando uma posição estratégica na progressão rumo a uma bioeconomia circular avaliada em cerca de US$ 7 trilhões até 2030. Neste cenário promissor, a associação europeia Cepi realça não apenas o vigor de um setor tradicional, mas também sua transformação em modelo de sustentabilidade dentro da economia verde.
A transição para práticas mais ecológicas não é vista como um obstáculo, mas sim como um vetor de oportunidades para o setor. A indústria europeia, apelidada de ‘Made in Europe’, fundamenta sua resiliência na utilização de materiais renováveis, produção local e avançados processos de reciclagem, contrastando com modelos dependentes de importações fósseis e reforçando sua autonomia estratégica.
Compromisso com a Sustentabilidade: O destaque para a indústria é a utilização de fibras virgens livres de desflorestação, provenientes de florestas europeias em expansão há séculos, o que compõe 25% das embalagens de papel. A grande maioria, porém, constitui-se de materiais reciclados, um testemunho da efetividade do modelo de negócios e da ambição circular do setor. Projetos inovadores como o 4evergreen são a prova do engajamento da indústria para otimizar ainda mais a reciclagem.
Investimentos robustos foram realizados não somente no desenvolvimento de tecnologias de reciclagem, mas também na transição para métodos de produção que limitam o uso de energia fóssil, permitindo a esta indústria uma redução de 39% em suas emissões desde 2005, dissociando crescimento de produção e uso energético.
Diante do diálogo estabelecido pelo Clean Transition Dialogue e os objetivos ambiciosos do European Green Deal 2050, a Cepi advoga por um ambiente regulatório estável que acolha investimentos e inovações, dando suporte assim à transição ecológica de uma indústria que não só segue os parâmetros da sustentabilidade, mas os redefine.
O panorama delineado é claro: a bioeconomia circular da União Europeia, alavancada pelo sub-setor de celulose e papel, não apenas preconiza o desenvolvimento econômico, como exemplifica a coexistência harmoniosa entre indústria, inovação e compromisso com o futuro do planeta.