A emergente quinta revolução industrial, conhecida como Indústria 5.0, marca não apenas uma evolução econômica e tecnológica, mas a reinvenção das interações entre humanos e máquinas. Diante desse cenário de profunda transformação, o estudo conduzido pelo pesquisador N. Penev mergulha nas perspectivas desse novo paradigma que interliga avanços em biotecnologia, inteligência artificial e a estabilidade dos ecossistemas industriais.
Enquanto a pandemia da COVID-19 acelera a necessidade de inovação tecnológica, a Indústria 5.0 se destaca pela sua ênfase no aspecto humano, na sustentabilidade e na estabilidade. Essa revolução coloca as necessidades e bem-estar das pessoas no epicentro da produção industrial, abrindo as portas para um futuro onde a tecnologia serve à sociedade, e não o contrário.
A transição para a bioeconomia e a adoção de uma economia circular representam dois dos pilares essenciais para a consolidação da Indústria 5.0. As empresas enfrentam, agora, o desafio de reimaginar processos para uma maior economia de recursos e eficiência produtiva, valorizando o capital humano e a resiliência.
A análise dos desdobramentos da Indústria 5.0 sugere um enfoque expandido da produção para além do lucro, incorporando vertentes vitais como a centricidade no ser humano, a resiliência e a sustentabilidade. Novas metodologias, como os princípios do ‘6R’ propostos por Michael Rada, destacam-se no processo de remodelação das práticas industriais, englobando desde a conscientização até a reciclagem efetiva.
Entre os benefícios esperados, o ajuste à Indústria 5.0 pode aumentar a competitividade das empresas ao mesmo tempo que atende às exigências de um mercado de trabalho em mutação, onde as novas gerações dão mais valor às posturas socialmente responsáveis das organizações. Este novo cenário demanda um ambiente de trabalho que respeite a dignidade e o direito dos trabalhadores e fortaleça sua saúde mental e física.
O estudo conclui que a chave para o sucesso na era da Indústria 5.0 reside na habilidade das empresas de evoluir em harmonia com as transformações tecnológicas e sociais. A perspectiva de um desenvolvimento que equilibre eficiência produtiva e responsabilidade socioambiental não é somente desejável, mas uma necessidade iminente no contexto global atual.
Como profissionais e engenheiros do setor, é fundamental estar atentos a essas direções, investindo em inovação, colaboração tecnológica e num desenvolvimento contínuo das habilidades que nos prepararão para as demandas deste novo capítulo industrial.
Fonte: INDUSTRY 5.0 – THE PERSPECTIVES AND CHALLENGES OF THE BIOECONOMY. Trakia Journal of Sciences