Embrapa e Ministérios debatem a agenda de bioeconomia na Amazônia.

Embrapa e Ministérios unem forças para fortalecer a Bioeconomia Inclusiva na Amazônia

Uma oficina intitulada “Integração de ações de apoio às bioeconomias inclusivas na Amazônia” marcou um passo significativo no comprometimento com a sustentabilidade e inclusão na região amazônica. O encontro, que aconteceu no dia 14 de novembro na sede da Embrapa, em Brasília, uniu diretores e especialistas da instituição a secretários e técnicos de seis Ministérios, buscando estabelecer uma sólida agenda de bioeconomia que respeite a biodiversidade e a população local.

Evidenciando a relevância do diálogo e da parceria entre diferentes esferas institucionais, autoridades enfatizaram a necessidade de uma abordagem que englobe perspectivas sociais, econômicas e ambientais. A integração é considerada essencial para revisar e realinhar estratégias que possam impulsionar o desenvolvimento de cadeias produtivas e superar desafios tecnológicos. Além de fortalecer conhecimentos que fundamentem políticas públicas eficazes e promovam inclusão socioprodutiva e geração de renda.

Segundo Carina Pimenta, secretária nacional de Bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, é crucial estabelecer uma política estruturante e nacional para a sociedade. Já Rodrigo Rollemberg, secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, reforçou a importância de integrar ministérios ligados à infraestrutura para escalar as iniciativas de sociobioeconomia.

Para a diretora da Embrapa, Ana Euler, a abordagem da bioeconomia na Amazônia deve englobar vários aspectos essenciais. Essa visão inclui a integração das comunidades locais e o respeito à rica biodiversidade da região. Ela enfatiza a necessidade de adotar práticas regenerativas e restauradoras para as paisagens florestais. Além disso, Euler ressalta a importância de considerar as questões de gênero e juventude, bem como as especificidades dos diferentes territórios amazônicos. Ela acredita que um diálogo construtivo é fundamental para refletir sobre as prioridades, os territórios, as cadeias produtivas e os desafios tecnológicos.

O foco da reunião foi o projeto BIAmazon, que almeja criar um plano estratégico para a atuação da Embrapa na bioeconomia inclusiva (BIA) na Amazônia, contribuindo também com subsídios para as políticas públicas. Roberto Porro, pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, apresentou a base do BIA, enfatizando sistemas produtivos sustentáveis, valorização de saberes locais, justiça e inclusão social, além da justa repartição de benefícios.

Foram identificados eixos prioritários como sistemas agroflorestais e manejo sustentável da flora e fauna, agregação de valor, desenvolvimento de bioprodutos e a mecanização em apoio à sociobioeconomia. Enfatizou-se ainda a importância das comunidades tradicionais e povos originários nas ações voltadas à bioeconomia inclusiva.

Sob a ótica transfronteiriça, a secretária de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial, Adriana Melo Alves, salientou a bioeconomia como uma via de cooperação no Arco Norte da Amazônia. Edmilton Cerqueira, secretário de Governança Fundiária, Desenvolvimento Territorial e Socioambiental do Ministério do Desenvolvimento Agrário, levantou a questão sensível da regularização fundiária. Por fim, Moisés Savian, também secretário do MDA, ressaltou a relevância global do Brasil na bioeconomia, visando ao combate à fome e à inclusão socioprodutiva.

A oficina reflete o compromisso dos envolvidos em criar uma plataforma sólida de cooperação e governança para o avanço da bioeconomia na Amazônia. O destaque fica na utilização do conhecimento científico como base para a gestão de recursos naturais, garantindo não apenas a preservação do meio ambiente mas também a prosperidade dos povos que o habitam.


Fonte: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/85009619/embrapa-e-ministerios-debatem-a-agenda-de-bioeconomia-na-amazonia

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