Debate esquenta sobre regra de refúgio de vida selvagem em meio a preocupações diversas

Um debate acalorado está se desenhando à medida que se aproxima o fechamento do período de comentários públicos de um projeto de regra para a proteção da integridade biológica, diversidade e saúde ambiental dos refúgios de vida selvagem, administrado pelo Fish and Wildlife Service dos Estados Unidos. A proposição, que recebeu mais de 50.000 comentários e ainda deve receber mais até a meia-noite da data limite, ressoa com controvérsia e receio por parte de diversos grupos interessados, desde agricultores e criadores de gado até esportistas e autoridades estaduais.

A preocupação central dos pecuaristas, por exemplo, é a potencial perda de terras de pastagem, um recurso indispensável para atividades como a criação de ovinos. Um exemplo claro vem do Colorado, onde se estima que, se um rancheiro perder o acesso aos campos úmidos dos refúgios nacionais de vida selvagem em Monte Vista e Alamosa, aproximadamente metade de seu rebanho, totalizando cerca de 2.000 ovelhas, estaria em risco. Este caso ilumina a intrincada relação entre as atividades agrícolas e as diretrizes de preservação.

Da mesma forma, entusiastas da pesca e caça projetam que haverá uma redução nas oportunidades para suas atividades, algo que vai além de um simples lazer, mas que representa uma tradicional forma de interação com a natureza. Oficiais locais, por sua vez, manifestam apreensão de que as novas regras possam minimizar sua influência e capacidade de gerenciamento dessas terras, alterando significativamente a governança local dessas áreas.

Entre os pontos levantados pelos opositores à regra proposta, consta a rixa entre a gestão local e as soluções generalistas impostas de forma centralizada. Críticas como a do presidente do Colorado Farm Bureau aludem a soluções ditas “tamanho único”, sugerindo que haveria negligência quanto à experiência e ao conhecimento acumulado na gerência local dos refúgios.

À medida que o prazo para comentários públicos expira, o Fish and Wildlife Service se depara com o desafio de ponderar as vozes divergentes e definir um caminho que tanto preserve as qualidades ecológicas dos refúgios quanto atenda às necessidades dos usuários diretos das terras. A complexidade do assunto se adensa com a linguagem ainda considerada ambígua no texto da proposta, fator que contribui para as incertezas entre aqueles que serão afetados pelas novas diretrizes. Cabe agora à agência estabelecer um diálogo transparente e aprofundado que considere essas preocupações em sua futura política de manejo de refúgios.


Fonte: https://www.eenews.net/articles/farmers-enviros-spar-over-long-delayed-refuge-rule/

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