Em um evento recente realizado em Campinas, foi anunciada a renovação do apoio ao Centro de Inovação em Novas Energias (CINE), um importante vetor para o desenvolvimento de soluções energéticas sustentáveis no Brasil. As universidades parceiras, como a Unicamp, USP e UFSCar, trabalharão em parceria com entidades como a FAPESP e a Shell, fomentando 15 novos projetos na área. Esses projetos têm o objetivo de otimizar as tecnologias de energia renovável e melhorar processos de baixo carbono.
O foco do CINE está em criar tecnologias mais econômicas e sustentáveis para produção de energia limpa. Sob a direção de Ana Flávia Nogueira, professora da Unicamp, o centro busca as bases científicas necessárias para lançar inovações tecnológicas que possam impactar positivamente a indústria nacional e fomentar parcerias internacionais no domínio da transição energética.
A relevância global do CINE é notável, com mais de 500 publicações internacionais mesmo operando com uma equipe relativamente pequena. Segundo Ana Flávia Nogueira, com os recursos agora disponíveis, espera-se avançar ainda mais, buscando alcançar maiores níveis de maturidade tecnológica nos projetos.
A FAPESP, conforme mencionado por seu diretor Carlos Américo Pacheco, reafirma a necessidade estratégica desse convênio para o Brasil, dando destaque às novas temáticas no campo de geração e armazenamento de energia. Para ele, esse trabalho tem sido essencial para a agenda do estado de São Paulo e, por extensão, para o país.
O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, e outros acadêmicos presentes reiteraram a importância de ações coordenadas na direção de uma transição energética sustentável e eficaz. Meirelles acredita no potencial do Brasil, com seus vastos recursos renováveis, para liderar globalmente esse processo contemporâneo de transição.
O esforço não se limita apenas às universidades. Empresas como a Shell desempenham papel crucial no suporte às inovações que estão sendo gestadas, uma vez que, para muitos, a parceria entre o setor privado e as instituições acadêmicas pode impulsionar ainda mais a sustentabilidade e potencializar a posição do Brasil neste segmento.
Com um investimento de R$ 82,4 milhões, os novos projetos são divididos em quatro pilares: Geração de Energia, Armazenamento de Energia, Hidrogênio Verde e Design Computacional de Materiais. Cada um desses programas visa trazer contribuições significativas para o setor energético, desde o uso de materiais inovadores para painéis solares até o desenvolvimento de novas soluções de armazenamento de energia que melhorem a eficiência e reduzam os custos.
Fonte: Centro vai desenvolver soluções para produzir energia renovável e processos de baixo carbono. Fonte.