O caso da concessionária Enel, que se viu o centro das atenções após uma devastadora tempestade em São Paulo, trouxe à tona uma reflexão urgente sobre o risco climático e a necessidade de preparação para eventos climáticos extremos. Esta notícia publicada pelo Reset Menu, sob a autoria de Sérgio Teixeira Jr. em 07 de novembro de 2023, destaca a crítica situação enfrentada pelos paulistanos e a posição do prefeito da cidade, Ricardo Nunes, diante da fatalidade que resultou em mortes e apagões prolongados.
Os eventos recentes em São Paulo são colocados em contexto pelo jornalista Sérgio Teixeira Jr., apontando que já não podemos considerar anormal a frequência e intensidade de tais fenômenos, dado os alertas prévios da comunidade científica acerca das consecuências do efeito estufa. O texto enfatiza que o combate à mudança climática não se resume apenas em ações de mitigação através de tecnologias verdes como carros elétricos ou hidrogênio verde, mas também exige medidas adaptativas como investimento em infraestrutura local para lidar com as consequências já materiais do aquecimento global.
É destacado que a responsabilidade pela adaptação climática é compartilhada entre governos e empresas. O governo federal, atuante em negociações internacionais como as COPs, precisa de estratégias locais eficazes para gerir riscos de desastres naturais. Os planos de ação climática municipal são fundamentais nesse aspecto, como ressalta o consultor e ex-economista do Banco Mundial, Sérgio Margulis, que colabora na elaboração desses planos. Ele aponta que os municípios devem focar nas áreas mais vulneráveis, melhorando a infraestrutura e a resiliência das construções para prevenir ou minimizar os riscos.
Além das entidades públicas, a matéria sublinha a responsabilidade das empresas, em especial da Enel no contexto paulistano, quanto à demora no restabelecimento dos serviços de energia e também sobre medidas preventivas para que tais apagões não se repitam. A reportagem menciona estudos da McKinsey sobre as perdas financeiras nos Estados Unidos causadas por furacões e como tais riscos poderiam ser mitigados com investimentos pertinentes em adaptação.
Finaliza-se destacando as incertezas quanto às informações disponíveis para planejamento e os recursos limitados para implementar medidas de adaptação necessárias, problemática ainda maior em países em desenvolvimento como o Brasil. A matéria reitera um apelo à ação imediata, tanto do setor público quanto privado, indicando que a hesitação pode ter consequências financeiras e humanas severas, e ressalta que, ainda que não se saiba quando ou onde ocorrerão, é inevitável que novas tempestades virão.
Fonte: https://capitalreset.uol.com.br/clima/caso-enel-risco-climatico-bate-a-porta-de-governos-e-empresas/