Bioeconomia industrial impulsiona empregos e eleva salários nos EUA

A bioeconomia industrial desempenha um papel crucial no fortalecimento do emprego doméstico e na elevação dos salários nos Estados Unidos, conforme revela um relatório de 2023 comissionado por associações comerciais e empresas do setor. Este estudo evidencia que a bioeconomia, composta por vertentes como biocombustíveis tradicionais, bioprodutos industriais e avançados, além de serviços de desenvolvimento e equipamentos de produção e processamento, trouxe uma contribuição significativa ao PIB dos EUA e gerou centenas de milhares de empregos.

Segundo o relatório, os estados do coração agrícola, incluindo Illinois, Iowa, Califórnia, Nebraska e Minnesota, destacam-se na produção de bioeconomia, principalmente na fabricação de biocombustíveis. Esses estados não apenas lideram a produção, como também abrigam 43.600 empregos na manufatura industrial e 5.950 em pesquisas, totalizando 644.000 empregos nos diversos setores relacionados, como agricultura, produção e venda de produtos derivados de biomassa renovável, tais como fertilizantes e bio-lubrificantes.

O setor de biomanufatura emergiu como um motor econômico poderoso, contribuindo com aproximadamente US$ 210 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA. Este dado ilustra a amplitude da bioeconomia e sua capacidade de criar uma corrente de valor econômico interno, de acordo com os autores do relatório da TEConomy Partners, LLC. Eles ressaltam que nenhum dos processos pode ser economicamente replicado no exterior, dada a dependência de insumos como commodities a granel, fluxos de resíduos e biomassa produzidos localmente.

A associação entre bioeconomia e agricultura é particularmente notável na produção de matérias-primas para etanol, biodiesel e produtos derivados da madeira do sudeste dos EUA. Esses insumos constituem a base para um ciclo produtivo que gera múltiplos benefícios econômicos e ambientais, demonstrando a inseparabilidade entre a economia rural e a inovação biotecnológica.

Adicionalmente, os trabalhadores da bioeconomia industrial desfrutam de salários atraentes, com uma média anual de US$ 133.600 por trabalhador. Além disso, cada emprego na indústria de bioeconomia gera outros 11,08 postos de trabalho indiretos ou induzidos, destacando a extensa cadeia de valor e os benefícios econômicos secundários advindos desse setor.

O levantamento também sublinha que a bioeconomia é impulsionada por investimentos em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias inovadoras. Nações e universidades desempenham um papel essencial, promovendo avanços em microrganismos, enzimas e biocatalisadores que podem revolucionar a produção industrial e mitigar impactos ambientais adversos.

Empresas importantes como ADM, Aemetis, Bayer, Bunge, Marquis Energy, Novozymes e POET são protagonistas neste movimento, financiando pesquisas e estabelecendo parcerias estratégicas que consolidam a posição dos EUA como líder global na bioeconomia.

Em suma, as iniciativas sustentáveis da bioeconomia industrial não apenas fortalecem a economia interna dos Estados Unidos, mas também promovem a sustentabilidade ambiental ao integrar práticas que geram valor econômico e reduzem a dependência de recursos fósseis. Estes avanços contribuem para um futuro em que a inovação e a responsabilidade ambiental andam de mãos dadas, impulsionando o emprego e elevando os padrões de vida em várias regiões do país.


Fonte: https://www.agri-pulse.com/articles/21220-industrial-bioeconomy-contributes-to-domestic-jobs-and-driving-wages

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