Novo Cataforte é relançado com aporte de R$ 50 milhões do BNDES e Fundação Banco do Brasil

Através de uma parceria entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Fundação Banco do Brasil (FBB) e a Secretaria Geral da Presidência da República, o programa Novo Cataforte foi relançado com o objetivo de apoiar a inclusão socioprodutiva de catadores de materiais recicláveis. O programa contará com um aporte total de R$ 103,6 milhões, sendo R$ 50 milhões provenientes do BNDES e da FBB, e tem o foco em fortalecer a estrutura de redes de cooperativas e associações de catadores.

A iniciativa também envolverá R$ 25 milhões da Caixa Econômica Federal e R$ 28,6 milhões do Governo Federal. Os projetos selecionados, que poderão ser apresentados por associações e cooperativas de catadores, terão como objetivo a modernização física de galpões, capacitação, assessoria técnica e aquisição de equipamentos. As propostas apresentarão inovações que incluem diagnóstico socioeconômico das cooperativas e formação dos catadores.

Durante o anúncio oficial da chamada pública para a seleção dos projetos, realizado no Palácio do Planalto, estava presente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado do vice-presidente e outros ministrtos. Durante o evento, foi assinada a Lei de Incentivo à Reciclagem, destacando a importância dessa medida para o setor. Estima-se que atualmente existam cerca de 800 mil catadores em atividade no Brasil, dos quais 70% são mulheres.

Em seu discurso, Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, salientou a relevância da gestão dos resíduos sólidos para questões ambientais e sociais no Brasil. Segundo ele, a destinação correta desses materiais é vital para a dignidade e melhores condições de trabalho dos catadores. Essa iniciativa marca mais um passo significativo no compromisso do governo em incentivar a reciclagem e os direitos dessas comunidades.

A presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, ressalta que o programa Cataforte promove a inclusão social e a geração de renda, ao mesmo tempo que contribui para uma economia mais sustentável. A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, destacou que o programa potencializa significativamente a cadeia de valor da reciclagem no Brasil, consolidando as cooperativas como prestadoras de serviços para políticas públicas de coleta seletiva de resíduos sólidos e logística reversa.

Os projetos poderão ser apresentados por redes formalizadas ou não, desde que reúnam no mínimo três organizações. A chamada pública dará prioridade a redes com lideranças femininas e projetos focados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, exceto o Distrito Federal. Essa segmentação busca garantir que todas as regiões do país tenham ao menos um projeto contemplado pelo Novo Cataforte.

Kleytton Morais, presidente da Fundação Banco do Brasil, considera o edital Novo Cataforte um resgate importante para a articulação das redes de catadores. Ele afirmou que o programa não apenas promove a inclusão socioprodutiva, mas também solidifica a logística reversa, a educação ambiental e o reconhecimento pelos serviços ambientais prestados pelos catadores.

Essa nova fase do programa retoma uma trajetória de apoio que se intensificou a partir dos anos 2000, quando o BNDES aumentou significativamente os investimentos em cooperativas de catadores. Entre 2006 e 2021, o banco contratou cerca de R$ 204 milhões para apoiar aproximadamente 175 cooperativas.

Fonte: Novo Cataforte é lançado com R$ 50 mi em recursos do BNDES e Fundação Banco do Brasil (FBB)

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