A agricultura em países em desenvolvimento passa por um momento de revolução, impulsionada pela chamada Quarta Revolução Industrial (4IR), que promete transformar práticas agrícolas convencionais por meio de tecnologias como inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT) e avanços em big data. Esse é o centro das discussões no estudo que aborda a intersecção entre a 4IR e a economia agrícola, evidenciando tanto os potenciais benefícios quanto os desafios destacados para esses países.
Nessa onda transformadora, a pesquisa aponta melhorias significativas na produtividade agrícola e sustentabilidade, graças às inovações tecnológicas. No entanto, a pesquisa também sinaliza barreiras que vão desde a infraestrutura limitada e a conectividade até a acessibilidade financeira das tecnologias da 4IR. A eficaz adoção dessas inovações requer estratégias governamentais e colaborações amplas entre setores público e privado, além de investimentos em infraestrutura e capacitação digital dos agricultores.
Do ponto de vista prático, os impactos da 4IR na economia agrícola em países em desenvolvimento são vastos e têm a capacidade de impulsionar uma produção mais inteligente, resiliente e sustentável. Iniciativas como a agricultura de precisão, que faz uso de drones e sensores, e a aplicação de robótica para automatizar tarefas repetitivas, ilustram com sucesso o poder transformador das tecnologias emergentes.
Apesar dos avanços, o estudo ressalta desafios intrínsecos à implementação das soluções da 4IR, como a alfabetização digital dos agricultores e questões de privacidade de dados. Além destes, enfoca a necessidade de políticas públicas adaptativas que possam equalizar a inovação tecnológica com proteções à equidade socioeconômica e à sustentabilidade ambiental.
Um aspecto central discutido é a articulação de políticas governamentais que possam favorecer a inserção desse novo conjunto de tecnologias no setor agrícola. Recomendações políticas destacam a urgência de um arcabouço regulatório que promova inovação e assegure o acesso igualitário às tecnologias, mantendo a proteção de dados e incentivando o ambiente para o desenvolvimento agrícola sustentável.
Em conclusão, o estudo abraça a complexidade das transformações trazidas pela 4IR e propõe a conscientização coletiva e colaboração para além dos campos, envolvendo múltiplas esferas organizacionais, como forma de maximizar os benefícios e minimizar os riscos inerentes a esta nova fronteira tecnológica na agricultura.
Os insights fornecidos pelo estudo são relevantes para mapear o caminho da agricultura de digitalização, indicando que as nações em desenvolvimento, ao abordarem os desafios com estratégias informadas e colaborativas, podem revitalizar seus setores agrícolas e, consequentemente, impulsionar a segurança alimentar e o progresso socioeconômico para futuras gerações.
Fonte: Uwaoma, Eboigbe, Eyo-Udo, Ijiga, Kaggwa, & Daraojimba (2023). ‘The Fourth Industrial Revolution and Its Impact on Agricultural Economics: Preparing for the Future in Developing Countries’. International Journal of Advanced Economics, 5(9), 258-270. DOI: https://doi.org/10.51594/ijae.v5i9.646