Amazonia como Centro de Inovação para uma Economia Sustentável e de Baixo Carbono

Diante de um cenário global que urge por soluções ambientais sustentáveis, emerge na Bacia Amazônica uma proposta com potencial revolucionário: posicionar a região como catalisadora primária de uma economia de baixo carbono. A extraordinária biodiversidade e a complexidade socioambiental da Amazônia são vistas como elementos fundantes de uma socio-bioeconomia inovadora na região.

Este conceito, que integra aspectos socioeconômicos e biológicos, reflete a capacidade de geração de valor a partir da diversidade de vida e das culturas locais, considerando o uso sustentável de recursos e a preservação ambiental. A chave para esse movimento é a criação de um ecossistema de inovação no coração da floresta, onde a colaboração e a criatividade possam desabrochar em soluções que respeitem tanto a natureza quanto as comunidades que nela residem.

As possibilidades são vastas e englobam desde iniciativas que fortalecem as armazéns de carbono naturais do planeta até o estabelecimento de clusters de restauração e, por certo, a promoção de uma economia verde gerenciada por competências locais. Essa visão estratégica visa uma transformação socioeconômica que beneficie os mais de 29 milhões de habitantes da região, através de uma abordagem que fomente o diálogo e a escuta ativa destas populações.

A liderança deste projeto vem de figuras de proeminência, como a especialista em ecossistema de inovação para a natureza do World Economic Forum e a gerente de economia verde da Fundação CERTI, que compartilham a responsabilidade de fomentar essa transformação. A interação entre organizações locais, nacionais e internacionais surge como peça fundamental para o desenvolvimento desse novo modelo de negócio focado na sustentabilidade.

Enxerga-se, assim, na Amazônia não apenas um patrimônio natural e cultural a ser protegido, mas também um laboratório vivo onde se pode testar e aplicar práticas de desenvolvimento alinhadas às necessidades climáticas atuais. Essa mudança de paradigma coloca os povos da Amazônia como protagonistas ativos no combate à crise climática global, evidenciando suas vozes e saberes ancestrais como bússolas orientadoras para uma transição econômica essencial e inevitável. O impulso para esse ambicioso projeto de transformação é alimentado pela crença de que lideranças jovens podem ser empoderadas para proteger e valorizar seu ambiente único, lançando mão do poder da inovação e da tecnologia.

Convidam-se então os agentes de mudança e os interessados em fazer parte desta iniciativa a se engajarem com as plataformas digitais colaborativas, visando impactar em larga escala. A atualidade exige não apenas a contemplação mas a ação efetiva para que a Amazonia possa prosperar, sustentando sua economia e seu ecossistema, e a socio-bioeconomia pode ser o caminho promissor para garantir que tal cenário se torne realidade.


Fonte: https://www.weforum.org/agenda/2023/12/unleashing-the-potential-of-the-amazon-s-socio-bioeconomy/

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