Uma transformação significativa vem ocorrendo no segmento de materiais plásticos com a introdução do bioplástico produzido pela startup ERT, sigla para Earth Renewable Technologies ou, em tradução livre, Tecnologias Renováveis da Terra. Esta inovação, fruto do engenho do empreendedor Kim Fabri, alia o cuidado ambiental ao desenvolvimento tecnológico, e projeta o Brasil como um futuro líder no setor de plásticos compostáveis, graças ao aproveitamento do potencial agrícola nacional.
O produto inovador da ERT, que alavanca a rica produtividade da cana-de-açúcar no país, resulta em uma resina especial utilizada pela indústria para a fabricação de itens como sacolas e embalagens. O bioplástico, que contém poliácido lático (PLA) derivado da fermentação da cana-de-açúcar, destaca-se não só pela sua origem renovável, mas por ser totalmente compostável, convertendo-se em adubo num período de até 180 dias, e não deixando resíduos de microplásticos que poluem o ambiente.
A ERT, situada em Curitiba, Paraná, já ostenta uma produção anual de 3.000 toneladas da resina e planeja não só dobrar esta cifra, mas também tornar a sua matéria-prima 100% nacional em até dois anos. Atualmente, a composição da resina inclui também amido, serragem de madeira, casca de açaí, além de um componente químico importado da Ásia.
O crescimento acelerado da empresa é evidenciado pelo aumento de 122% no volume de produção e de 135% no faturamento em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse avanço se deve à visão estratégica da empresa e à captação de R$ 82 milhões em investimentos. A aposta dos investidores, que incluem a XP Private e a Positivo Tecnologia, está propiciando a construção de uma nova fábrica em Manaus, uma região de alto consumo plástico pelo polo industrial existente.
A pastas, talheres e pratos, um reflexo do comprometimento da ERT com soluções inovadoras e sustentáveis que estão em consonância com as demandas contemporâneas por produtos ecologicamente corretos.
Em meio aos debates sobre impactos ambientais e a necessidade de práticas circulares na bioeconomia, a ERT se estabelece como um exemplo de empreendimento que alinha suas operações à Visão do Bio-impacto, conduzindo a indústria para um meio de produção eco-responsável. Com este ímpeto inovador, a empresa está configurada para liderar a transformação rumo a uma verdadeira economia do futuro, onde sustentabilidade e viabilidade econômica encontram-se em harmonia.