Um novo relatório crítico aborda as alegações de que os bioplásticos são alternativas ecologicamente corretas aos plásticos tradicionais à base de combustíveis fósseis. Esses materiais, que compõem uma parcela ainda pequena, mas crescente, da produção plástica global, estão sob o escrutínio de empresas e consumidores preocupados com questões de reciclagem e de impacto ambiental.
Apesar do aumento de investimentos maciços em bioplásticos produzidos a partir de materiais naturais e renováveis, um novo estudo divulgado pela Coalizão de Poluição por Plásticos e pela firma de consultoria Eunomia aponta para problemas significativos. O relatório destaca o ácido polilático (PLA), o bioplástico mais comum, feito principalmente de amido de milho nos EUA, que vem sendo utilizado para substituir artigos de uso único como talheres, copos e embalagens.
Não obstante sua origem bio-baseada, o PLA tem causado ‘confusão’ quanto ao seu real potencial de biodegradabilidade, assim como preocupações relativas às suas emissões químicas nocivas. O estudo argumenta que os benefícios ambientais dos bioplásticos não superam ainda suas desvantagens.
Os plásticos têm sido cada vez mais questionados devido às suas baixíssimas taxas de reciclagem e à dependência da petroquímica, derivada de combustíveis fósseis. O relatório ressalta que apenas cerca de 1% de todos os plásticos produzidos são bioplásticos e, desses, apenas um quinto é PLA.
Fonte: https://www.eenews.net/articles/report-slams-bioplastics-eco-friendly-claims/