Em uma iniciativa que pode representar um avanço significativo na resolução de questões ambientais atuais, a companhia de biotecnologia vegetal GreenLab anunciou uma colaboração com a Ginkgo Bioworks, uma das líderes na programação celular e biosegurança. Esta parceria tem como objetivo desenvolver um produto para degradar substâncias per- e polifluoralquil (PFAS), conhecidas como ‘forever chemicals’ devido à sua persistência no meio ambiente, utilizando o serviço Ginkgo Enzyme Services na descoberta de uma enzima crucial para essa finalidade.
A Ginkgo Enzyme Services é especializada na descoberta e otimização abrangente de enzimas, oferecendo serviços focados em pesquisa e desenvolvimento para empresas. A experiência destacada desta empresa no campo e os requisitos únicos do projeto propiciam um modelo de precificação baseado no sucesso, buscando atenuar os riscos de pesquisa e desenvolvimento para a GreenLab.
GreenLab desenvolveu uma tecnologia proprietária que permite o crescimento de proteínas e enzimas dentro de grãos de milho. Esta inovadora abordagem faz com que a produção seja escalável em vastas áreas de cultivo de milho, sem a necessidade de grandes investimentos iniciais em capital ou infraestrutura. Após a extração da proteína desejada do caroço do milho com mínimo desperdício, a maior parte do milho pode ser direcionada para as cadeias de valor existentes para alimentos, ração ou combustível.
A GreenLab já tem sucesso na comercialização de duas proteínas transformadoras: a manganês peroxidase, empregada na remediação ambiental, e a brazzein, um adoçante de alta intensidade. A CEO da GreenLab, Karen Wilson, manifesta entusiasmo com a colaboração com a Ginkgo e a possibilidade de enfrentar problemas ambientais e de saúde tão significativos, acreditando que a parceria permitirá produzir, testar e implantar seu produto de maneira mais rápida e com menos riscos.
Por sua vez, Sneha Srikrishnan, diretora de desenvolvimento de negócios e líder de produto na Ginkgo, expressa a prontidão da empresa em desafiar o problema da degradação de PFAS. O foco é a utilização da plataforma que combina ferramentas computacionais avançadas com inteligência artificial, um código de enzimas de classe mundial e métodos de triagem de alta produtividade, com vistas a encontrar uma enzima inovadora adequada para o desafio enfrentado pela GreenLab.
A bioeconomia circular busca inovações que possam transformar a cadeia de valor dos produtos e influenciar positivamente questões ambientais. Esta cooperação entre GreenLab e Ginkgo reflete tal visão ao buscar soluções para problemas globais, como a contaminação por PFAS, servindo de exemplo para outras iniciativas no cenário da bioeconomia sustentável.
Fonte: https://worldbiomarketinsights.com/greenlab-ginkgo-design-enzyme-to-dissolve-forever-chemicals/