Na busca pela integração entre desenvolvimento econômico e conservação ambiental, um novo capítulo se inicia para o Parque Nacional de Jericoacoara, uma das joias ecológicas do Brasil. Em evento realizado na sede da B3, em São Paulo, a concessão dos serviços de visitação do parque foi leiloada. A sessão pública, comandada em parceria estratégica entre Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), viabilizou o arremate pelo Consórcio Dunas. Este consórcio apresentou uma proposta ousada, no valor de R$ 61 milhões, que traduziu-se em um expressivo ágio de 716,32%.
O diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa, ressaltou a relevância desse leilão na promoção de um crescimento econômico sinérgico com o fomento ao emprego e renda. Segundo ele, o projeto contempla um aporte de cerca de R$ 116 milhões em infraestrutura e prevê mais R$ 990 milhões em operação ao longo dos 30 anos de vigência do contrato. A dimensão deste investimento é um marco para o parque que, além de impulsionar a economia local, visa preservar o patrimônio natural.
O comprometimento do Consórcio Dunas não se limita ao desembolso financeiro. A empresa responsabilizar-se-á pela manutenção e modernização dos serviços turísticos, bem como pela implementação de medidas de conservação e proteção do parque. O projeto abrange, ainda, iniciativas voltadas para a responsabilidade socioambiental, com investimentos previstos tanto no parcómetro quanto no seu entorno.
Uma ação que destaca a premissa de gestão integrada nesse projeto foi a assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT), em dezembro de 2023, entre o ICMBio e o governo do Estado do Ceará. Este acordo alinha esforços de diferentes esferas para aprimorar a concessão e fortalecer o desenvolvimento local, sob a égide da sustentabilidade.
O Parque Nacional de Jericoacoara, que ocupa uma área de 8.416 hectares e é rico em ecossistemas marinho-costeiros, já se estabeleceu anteriormente como um polo turístico atrativo, como indica a visita de mais de 1,5 milhão de pessoas em 2022, tornando-se o terceiro parque mais visitado do país naquele ano. O potencial para esportes como kitesurf e windsurf, a beleza singular de suas dunas, mangues e piscinas naturais são atributos que fazem deste parque um ponto crucial no turismo brasileiro e na proteção do meio ambiente.
