O Fundo Amazônia, um dos principais financiadores de iniciativas de combate ao desmatamento no Brasil, anuncia uma injeção substancial de recursos para o Estado do Acre, visando a fortificação de ações ambientais. Com um montante de R$ 97,8 milhões, esse investimento representa um passo significativo para a política de preservação da biodiversidade.
A asignação dos recursos pactuada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contemplará projetos que objetivam a indução de práticas de monitoramento ambiental, assim como o fortalecimento da fiscalização e combate a ilícitos relacionados a incêndios e desmatamento ilegal. Esforços adicionais serão direcionados ao ordenamento territorial e à consolidação de práticas agropecuárias sustentáveis.
A oficialização do contrato ocorreu em cerimônia com figuras de destaque no cenário nacional, enfatizando não somente o valor financeiro, mas também a relevância estratégica desta alocação de recursos para o desenvolvimento local e preservação ambiental. Entre os presentes, figuraram a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.
O discurso proferido pela ministra Marina Silva destacou a importância da regularização fundiária e o apoio à sustentabilidade nas terras indígenas, duas frentes que receberão atenção especial nestes planos integrados para combater o desmatamento. O projeto do Acre poderá inclusive servir de modelo para estratégias similares em outros estados da Amazônia Legal.
Com a contribuição financeira do Fundo Amazônia, sistemas de informação para monitoramento ambiental serão integrados, com vistas a uma gestão mais eficiente dos recursos naturais e ordem territorial. Ações concretas compreendem a restauração florestal e a implementação de sistemas agroflorestais, que fomentam a cooperação entre produção agrícola e conservação da vegetação nativa, alinhadas à geração de emprego e renda sustentável.
O governador do Estado do Acre, Gladson Cameli, evidenciou o alinhamento das metas estaduais com o compromisso adotado pelo Fundo Amazônia, ressaltando o momento crítico que a região enfrenta e a necessidade premente de investimentos em preservação e práticas ambientais sustentáveis.
Desde sua criação em 2008, o Fundo Amazônia se estabeleceu como um mecanismo de referência mundial no incentivo à redução de emissões de gases efeito estufa originadas do desmatamento e degradação florestal. Operacionalizado pelo BNDES e alinhado ao Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia, o fundo desempenha um papel crucial no desenvolvimento sustentável da região amazônica.