Escola técnica de Belém desenvolve biofertilizantes de caroço de açaí e fomenta a bioeconomia

Inovando na Bioeconomia: um grupo de estudantes e professores da Escola Técnica Vilhena Alves, situada no bairro de São Brás, em Belém, está apostando na diversidade biológica regional para gerar valor com sustentabilidade. No foco de suas pesquisas, encontram-se os biofertilizantes produzidos a partir do caroço de açaí, além de experimentos com vinagre de banana e estratégias de aproveitamento integral dos alimentos.

A iniciativa faz parte de uma incubadora de produtos e serviços voltada para a bioeconomia, onde a comunidade escolar é incentivada a conceber e implementar soluções sustentáveis para os desafios ambientais atuais. Liderada pela professora Kátia Garcez, a ficou conhecida pelo seu potencial de gerar impacto tangível na maneira de utilizar os recursos biológicos do ecossistema amazônico, incentivando os alunos a repensarem suas interações com a biodiversidade local.

A articulação institucional joga um papel essencial no projeto, contando com a colaboração da Secretaria de Ciência e Tecnologia (Sectet) através do Plano de Bioeconomia do Estado do Pará (PlanBio). As atividades desenvolvidas na Incubadora abrangem desde oficinas, palestras até mentorias, misturando teoria e prática com o propósito de converter ideias inovadoras em produtos e serviços práticos e comercializáveis.

Os resultados desse trabalho focado na sociobiodiversidade já são palpáveis. Dois alunos do curso subsequente de Guia de Turismo foram contratados para realizar estágios com foco em turismo sustentável, denotando a integração bem-sucedida entre o ensino e o mercado de trabalho. Inclusive, um deles, Rodrigo Cavalcante, coautor do ‘Guia de turismo sustentável para a COP 30 no Pará’, demonstra gratidão e orgulho ao perceber como o projeto reforça seus valores e aspirações profissionais.

A parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA) introduz estudantes de Engenharia Química no ambiente prático do projeto, ampliando o escopo de aplicação do conhecimento técnico na resolução de desafios ambientais reais, no contexto da colaboração do Programa EcoEscola.

Este ambiente de inovação vem também ao encontro de eventos globais importantes como a COP 30, que será realizada em Belém, destacando o papel da região como um exemplo de engajamento na bioeconomia e na economia sustentável. Os projetos da Incubadora da Vilhena Alves mostram que é possível aliar educação, tecnologia e compromisso ambiental de maneira coerente e eficaz, sinalizando novos caminhos para o desenvolvimento regional e global alinhado aos princípios de sustentabilidade.


Fonte: https://www.oliberal.com/economia/biofertilizantes-de-caroco-de-acai-sao-produtos-de-projeto-da-escolavilhena-alves-em-belem-1.781848

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