Colheita de castanha-do-pará e cumaru impulsiona bioeconomia paraense e gera renda para comunidades

A região oeste do Pará testemunha o fomento à bioeconomia com a abertura da safra 2024 da castanha-do-pará e do cumaru, cultivados na Floresta Estadual do Trombetas. Mais de 600 extrativistas, devidamente cadastrados junto ao Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), estão imersos em um período de colheita que perdura de quatro a seis meses, agregando valor aos produtos nativos e promovendo o desenvolvimento sustentável.

Observa-se a interação entre atividades econômicas e preservação ambiental, uma vez que a prática do extrativismo na Unidade de Conservação está condicionada às normativas do órgão responsável, assegurando a sustentabilidade e a proteção das comunidades que fazem da floresta a sua fonte de vida.

A castanha-do-pará, fruto da castanheira (Bertholletia excelsa) e conhecida pelo seu invólucro robusto chamado ouriço, é colhida após sua queda natural entre dezembro e janeiro. O processo subsequente de secagem e ensacamento se segue ao desmonte dos ouriços, preparando o fruto para a comercialização. Este ano, a valorização da castanha reflete diretamente no sustento desses trabalhadores, visto que o preço por saca sobe para R$ 200,00, um aumento significativo em relação ao preço anterior de R$ 144,00.

A extrativista Raquel Sampaio compartilha sua visão assertiva sobre a coexistência harmônica entre comunidade e floresta, ressaltando a importância de manter a integridade da natureza ao mesmo tempo em que se garante o bem-estar de todos que dependem dela.

No tocante às normas para a entrada na área de conservação, medidas são empregadas para a preservação da saúde e da segurança, como a apresentação de documentos de identificação, comprovante de vacinação e testes rápidos para Covid-19. O não cumprimento dessas diretrizes acarreta a suspensão do indivíduo, proibindo o seu retorno à atividade.

Espera-se uma safra abundante que possa resultar em mais de cinco mil sacas de castanha, elevando a perspectiva de renda elevada para os extrativistas. A colaboração entre o Ideflor-Bio, a Polícia Ambiental, associações locais e secretarias municipais revela-se fundamental para o sucesso da temporada, mantendo não apenas a floresta saudável, mas também o fortalecimento da comunidade local.

Ademais, a Floresta Estadual do Trombetas mostra seu potencial como um local propício para a pesquisa científica, oferecendo a estudantes universitários uma oportunidade de aprendizado prático em ecologia e colaboração com a comunidade, contribuindo para a melhoraria da qualidade de vida local.


Fonte: https://tvcbrasil.com.br/noticia/33698/abertura-da-safra-da-castanha-do-para-e-do-cumaru-gera-renda-para-extrativistas

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