Em uma movimentação estratégica rumo à sustentabilidade econômica e ambiental, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reuniu-se com membros do governo e especialistas para discutir estratégias de financiamento climático. A conferência, intitulada “Agenda de implementação de financiamento climático: o caminho da presidência brasileira do G20 até a COP 30”, foi palco para importantes diálogos sobre o papel do Brasil nas discussões climáticas globais, simultaneamente como presidente do G20 e futuro anfitrião da COP 30 em Belém, PA, no ano de 2025.
Natália Dias, diretora de Mercado de Capitais, Investimentos Sustentáveis e Internacional do BNDES, enfatizou o compromisso do banco com uma agenda de financiamento que responda aos desafios da transição ambiental. As palavras de Dias delinearam uma visão do BNDES que vai além dos empréstimos convencionais, englobando ferramentas financeiras versáteis, como fundos de investimento e suporte financeiro não reembolsável. A diversificação de fontes foi também um ponto chave, combinando recursos governamentais, parcerias internacionais e até mesmo emissões no mercado de capitais.
Dias destacou uma tendência global de maior engajamento das instituições financeiras nos compromissos climáticos, identificando os bancos públicos de desenvolvimento como peças-chave para escalar financiamento climático aos mercados emergentes. O encontro, que contou com a cooperação de instituições como o Instituto Clima e Sociedade (iCS), Climate Policy Initiative (CPI), Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), e o think tank dinamarquês Concito, ressaltou o papel do BNDES como agente de implementação de políticas públicas e como um originador competente de projetos sustentáveis.
O diálogo incluiu representantes dos ministérios da Fazenda, do Planejamento e Orçamento, e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), além de Izabella Teixeira, integrante do Conselho de Administração do BNDES e conselheira emérita do Cebri, consolidando um painel que transversaliza finanças e meio ambiente.
Esse encontro sublinha a transição do Brasil para um protagonista ativo na gestão de mudanças climáticas, mapeando a rota financeira a ser seguida desde a liderança no G20 até o grande evento da COP 30, onde a nação será palco do debate climático mundial.
